E o gato e o telhado!

Trecho de um texto de Caio F. Abreu, ele mesmo, aquele que viveu uma vida tão louca de paixões mal resolvidas, como eu, você e tantos outros…

Levemente adaptado para o meu latim:

“Preciso sim, preciso tanto de alguém que aceite tanto minha dormida inquieta na cama, quanto minhas vontades de dormir quietinha. Tanto meu ciclo monja quanto meu ciclo etílico de Baco. Alguém que entenda minhas desconfianças em minha capacidade, quanto meus momentos de muita modéstia quando me sinto a dona da banca. E me desperte com um beijo, abra a janela para o sol ou a penumbra, tanto faz, e sem dizer nada me diga o tempo inteiro alguma coisa como eu sou o outro ser ao conjunto dele, mas não sou ele. Preciso de beijos diariamente e alucinadamente na minha boca de areia seca, preciso das mãos sobre o meu corpo crispado de solidão, preciso dessa emoção que os antigos chamavam de amor, quando sexo não era morte e as pessoas não tinham medo disso que fazia a gente dissolver o próprio ego no ego do outro e misturar coxas e espíritos no fundo do outro-você, outro-espelho, outro-igual-sedento-de-não-solidão, bicho carente, tigre e lótus.”

E a busca continua…

¨ eu bem que avisei… nada dura nesta vida louca-vida breve que me deram pra viver!